Na sua pintura, de pendor narrativo, povoada de coisas e bichos e gente, as figuras "nascem quase automáticas do seu trabalho de mão e de um ofício, que se esconde mais do que se mostra porque não necessita de se mostrar". ". Sobre esse longo trabalho, em que a pintura acontece naturalmente, Guilherme Parente afirma: "Não sei o que eles [os quadros] contam, eles acontecem [...] Não são coisas que sejam delineadas à partida, vão acontecendo, vão-se modificando e transformando [...]".
O "espetáculo visual" de Guilherme Parente.
As obras de Guilherme Parente são ideais para qualquer criança! Os desenhos e as cores leves e animadas são o imaginário perfeito para um quarto infantil. Sons e cores cantam docemente como a água corre e as crianças riem nos seus sonhos, num tempo suspenso e lírico, todo róseo, azul-celeste, branco...
As também deste artista são um bom apontamento para outras divisões da casa, como a sala, escritório e quarto. Na sua pintura jamais faz mau tempo por impossibilidade metafísica. E muito bem é que assim seja, num pintor português lírico e fora do tempo.
Guilherme Parente nasceu em Belém, no ano de 1940. Estudou pintura com o mestre Roberto Araújo na Sociedade Nacional de Belas Artes, nos anos 60 e frequentou a Slade School, em Londres, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.
Pertenceu ao grupo 5+1, conjuntamente com o escultor Virgílio Domingues e os pintores João Hogan, Júlio Pereira, Sérgio Pombo e Teresa Magalhães. O artista já realizou diversas exposições tanto a nível nacional como internacional, para além de Portugal, na Bélgica, Alemanha, França, Inglaterra, Japão e Estados Unidos da América.
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