Maria Keil

Técnica: Serigrafia
Dimensões: 33 X 53 cm
Edição: -
Referência: MK0001
P.V.P.: 350 €
Sobre Maria Keil

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1914: nasce em Silves, a 9 de agosto, foi uma pintora e ilustradora portuguesa, pertencendo à segunda geração de pintores modernistas portugueses.
Maria Keil realizou uma obra vasta e diversificada que abarca a pintura, desenho e ilustração, azulejo, design gráfico e de mobiliário, tapeçaria, cenografia, etc. Destaca-se de modo particular a sua intensa atividade como ilustradora, bem como o papel crucial que desempenhou na renovação do azulejo contemporâneo em Portugal.
1929: Passa a frequentar o Curso Preparatório da Escola de Belas Artes de Lisboa e depois o curso de pintura (que não chega a terminar), onde é aluna de Veloso Salgado. A sua prática artística caracteriza-se, desde o início, pela diversidade de técnicas e meios de expressão. Ao longo da vida irá empenhar-se numa multiplicidade de áreas, entre as quais a pintura e desenho, ilustração, artes gráficas, gravura, azulejo, tapeçaria, mobiliário, decoração, cenografia e figurinos.
1933: Casa com o arquiteto Francisco Keil do Amaral e dois anos mais tarde nasce o seu único filho, Francisco Pires Keil do Amaral (ou Pitum Keil do Amaral).
1936: É membro do ETP (Estúdio Técnico de Publicidade, então formado por José Rocha), estabelecendo amizade com Carlos Botelho, Fred Kradolfer, Ofélia Marques e Bernardo Marques. No ano imediato faz uma estadia em Paris durante a construção do Pavilhão da Exposição Internacional de Paris (de que Keil do Amaral era arquiteto), para o qual realiza motivo decorativo na Sala IV – Ultramar (Salle IV – Outremer).
1939: Expõe individualmente primeira vez (por não existirem galerias de arte a mostra realiza-se na Galeria Larbom, uma loja de móveis da Rua do Ouro, Lisboa); nesse mesmo ano participa na IV Exposição de Arte Moderna do S.P.N..
1940: Concebe cenários e figurinos para o bailado Lenda das Amendoeiras, apresentado no espetáculo de estreia da Companhia de bailado Verde Gaio.
1941: Participa nas mostras do SPN dos dois anos imediatos, vencendo o Prémio de Revelação Souza-Cardoso com Autorretrato.
1945 e 1955: Realiza uma exposição individual em 1945 e, de novo, em 1955: "trata-se de uma exposição histórica, visto marcar, no âmbito da arte portuguesa, níveis de inovação pioneira nos domínios do mobiliário e, sobretudo, do azulejo" (esta mostra assinalou o trabalho de desenho de mobiliário para interiores domésticos e, também, para espaços comerciais ligados à restauração e hotelaria, a que se dedicou desde o início dos anos de 1940 e até meados da década seguinte). Segue-se um longo hiato em que se dedica a uma multiplicidade de atividades, para expor de novo individualmente a partir de 1983.
1946 e 1956: Participa regularmente nas Exposições Gerais de Artes Plásticas, SNBA, Lisboa.
Entre as áreas a que se dedicou com maior continuidade há que destacar a ilustração. Multifacetada, Maria Keil escreveu e ilustrou livros para crianças e adultos, tendo publicações totalmente de sua autoria (texto e imagem) ou ilustrando obras de Matilde Rosa Araújo, Aquilino Ribeiro, Sophia de Mello Breyner Andresen, José Gomes Ferreira, Augusto Abelaira, Mário Dionísio, José Rodrigues Miguéis, Ilse Losa, entre outros.
1950-1977: Outra vertente marcante da sua obra e onde mais se distinguiu foi o azulejo, em que começa a trabalhar no início desta década. Maria Keil irá tornar-se numa das principais figuras da renovação moderna nessa área. Da sua vasta produção pode destacar-se o painel de azulejos O mar, na Avenida Infante Santo, Lisboa, e a extensa colaboração para o Metropolitano de Lisboa. Com início em 1957, esse trabalho prolongar-se-ia até aproximadamente 1972, com a inauguração das últimas estações dessa primeira fase: Arroios, Alameda, Areeiro, Roma e Alvalade. Maria Keil foi autora dos painéis de todas as estações iniciais com exceção da Avenida. A partir de 1977 alguns destes painéis foram total ou parcialmente destruídos, por ocasião da ampliação de várias estações, entre as quais as do Saldanha, Restauradores e do Intendente.
1978: Participa na exposição itinerante 5 Séculos de Azulejo em Portugal (Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Caracas); a partir dessa data a sua obra integra as principais exposições (em Portugal e no estrangeiro) dedicadas ao azulejo em Portugal.
1981: A 9 de abril é agraciada com o grau de Comendadora da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico.
1989: O Museu Nacional do Azulejo organiza uma exposição abrangente sobre essa faceta da sua obra.
2012: Falecimento a 10 de junho..
2013: O Museu da Presidência da República organiza, no Palácio da Cidadela de Cascais, em parceria com a Câmara Municipal de Cascais, a exposição De propósito - Maria Keil, obra artística, apresentando uma visão retrospetiva e abrangente dos seus trabalhos.[9]
Tem uma biblioteca com o seu nome em Lisboa, no Lumiar.
Se gosta de Maria Keil, poderá também achar interessante os trabalhos de Noronha da Costa e João Murilo.