Nascido em Mirandela, em 1936, Gil Teixeira Lopes foi um pintor e professor catedrático português, autor de uma extensa obra neofigurativa e abstrata em pintura, gravura e escultura.
“Com um papel decisivo na consolidação da área da gravura, foi um professor empenhado, exigente e, para muitos, polémico, enfatizava a importância do trabalho disciplinado, perseverante e experimentalista na fundamentação dos discursos artísticos consequentes”, refere a faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, onde lecionou entre 1960 e 1995, e onde passou ainda por diversos cargos de gestão.
Fez os estudos artísticos iniciais na Casa Pia de Lisboa, tendo sido depois bolseiro da Academia Nacional de Belas-Artes e da Fundação Calouste Gulbenkian em Espanha, França, Itália e Inglaterra.
No seu percurso artístico constam centenas de exposições individuais e coletivas em Portugal e no estrangeiro, estando a sua obra representada em coleções nacionais e estrangeiras, como é o caso da Fundação Calouste Gulbenkian, da Biblioteca Nacional de Paris, do Museu do Vaticano, do Museu de Bronx-New York, da Biblioteca do Congresso em Washington, e do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Ao longo da sua carreira somou mais de 30 prémios e distinções, tendo, em 1987, sido condecorado com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique pela Presidência da República, pelo seu mérito internacional.
Gil Teixeira Lopes foi também membro da Cooperativa dos Gravadores Portugueses, da Sociedade Nacional de Belas Artes e da Academia Nacional de Belas Artes, e integrou ainda inúmeros júris e painéis internacionais em Portugal e no estrangeiro.
Faleceu em novembro de 2022 em Lisboa, aos 86 anos.
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