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Fun Fact | Qual o significado da obra de arte do Tempo de Vida IV de Ilda Reis? I S&A


Composição abstrata onde se destacam três elementos gráficos, não figurativos e uma elevada quantidade de elementos semelhantes a pequenas pedras e lajes. O fundo da obra é castanho, raiado por linhas cerradas horizontais.

Centralizada, na metade superior da gravura, encontra-se um elemento circular vermelho visto de cima. Toda a sua superfície está fissurada, e no centro desgastado é possível ver saliências arredondadas incrustadas.


À sua volta concentra-se um numeroso conjunto de pequenos elementos semelhantes a seixos de diversos formatos, em degradés castanhos, bem como um chão recoberto de lajes formado por pequenas pedras, também em castanho-escuro.

A metade inferior da gravura está totalmente ocupada por dois elementos de contornos irregulares, não geométricos. O mais pequeno está sobreposto sobre o maior. Tem ainda uma base ocre e está infestado de fissuras. As lajes castanhas arredondadas que o constituem estão concentradas ao longo dos contornos.

O elemento de maior dimensão extravasa a área do elemento mais pequeno. A base é cinzenta e nele proliferam pequenas lajes aleatoriamente colocadas, clareadas a cinzento. Ilda Reis nasceu e faleceu em Lisboa. Foi uma artista plástica portuguesa que, durante três décadas de produção criativa, se dedicou exclusivamente à gravura. Foi casada, de 1944 a 1970, com o escritor José Saramago. O seu percurso artístico começa na Escola de Artes Decorativas de António Arroio, que interrompe para focar-se apenas na sua carreira profissional como dactilógrafa da Caminhos de Ferro até ao ano de 1965. Nesse ano, com a idade de 42 anos a artista “abandona o emprego seguro” e regressa ao mundo das artes e dos seus estudos artísticos inscrevendo-se num curso de pintura e desenho na Sociedade Nacional de Belas Artes. Estudou gravura e serigrafia na Gravura – Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses, espaço por onde passaram Júlio Pomar, Manuela Pinheiro, Alice Jorge e Sérgio Pombo e onde orientou alguns cursos. Foi membro da direção da «Gravura» em 1971/72 e do Conselho Técnico em 1972/73, e bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian em 1971/72 e 1979/80. Realizou várias exposições das suas obras, individuais e coletivas, recebeu vários prémios, tem varias obras em alguns museus estrangeiros e coleções particulares.

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