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ILDA REIS

Tempo de Vida IV, de Ilda Reis

Título: Tempo de Vida IV

Técnica: Gravura

Dimensões: 75  x 56 cm

Ano: 1971

Edição: 100 exemplares assinados e numerados

Referência: IR0001

P.V.P.: 450 €

Tempo de Vida

Composição abstrata onde se destacam três elementos gráficos, não figurativos e uma elevada quantidade de elementos semelhantes a pequenas pedras e lajes. O fundo da obra é castanho, raiado por linhas cerradas horizontais. 
Centralizada, na metade superior da gravura, encontra-se um elemento circular vermelho visto de cima. Toda a sua superfície está fissurada, e no centro desgastado é possível ver saliências arredondadas incrustadas. À sua volta concentra-se um numeroso conjunto de pequenos elementos semelhantes a seixos de diversos formatos, em degradés castanhos, bem como um chão recoberto de lajes formado por pequenas pedras, também em castanho-escuro.
A metade inferior da gravura está totalmente ocupada por dois elementos de contornos irregulares, não geométricos. O mais pequeno está sobreposto sobre o maior. Tem ainda uma base ocre e está infestado de fissuras. As lajes castanhas arredondadas que o constituem estão concentradas ao longo dos contornos.
O elemento de maior dimensão extravasa a área do elemento mais pequeno. A base é cinzenta e nele proliferam pequenas lajes aleatoriamente colocadas, clareadas a cinzento. 

Sobre Ilda Reis

Nasceu e faleceu em Lisboa. Foi uma artista plástica portuguesa que, durante três décadas de produção criativa, se dedicou exclusivamente à gravura. Foi casada, de 1944 a 1970, com o escritor José Saramago.


O seu percurso artístico começa na Escola de Artes Decorativas de António Arroio, que interrompe para focar-se apenas na sua carreira profissional como dactilógrafa da Caminhos de Ferro até ao ano de 1965. Nesse ano, com a idade de 42 anos a artista “abandona o emprego seguro” e regressa ao mundo das artes e dos seus estudos artísticos inscrevendo-se num curso de pintura e desenho na Sociedade Nacional de Belas Artes. Estudou gravura e serigrafia na Gravura – Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses, espaço por onde passaram Júlio Pomar, Manuela Pinheiro, Alice Jorge e Sérgio Pombo e onde orientou alguns cursos. Foi membro da direção da «Gravura» em 1971/72 e do Conselho Técnico em 1972/73, e bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian em 1971/72 e 1979/80.
 

Realizou várias exposições individuais e coletivas e recebeu vários prémios, entre os quais se destacam: em 1972, Medalha de Ouro, na III Bienal Internacional de Gravura, Florença; em 1987, 1º. Prémio, na I Bienal de Arte, Grupo Dramático Povoense; em 1988, Prémio Jugoslávia, Grand Prix Européen des Arts et des Lettres, Nice; em 1990, Menção Honrosa, IV Exposição de Pequeno Formato, Viragem, Cascais e em 1994, Prémio de Edição, IV Bienal de Gravura da Amadora.  Está representada na Fundação Calouste Gulbenkian, na Secretaria de Estado da Cultura / Casa de Serralves, no Museu de Setúbal, no Banco de Fomento Nacional, no Museu da Cidade, e também em alguns museus estrangeiros e coleções particulares. Foi por diversas vezes editada pela “Gravura” (Lisboa), pela Galeria Triângulo (Algés), pela Galeria Espiral e pelo Centro Português de Serigrafia (Lisboa).
 

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