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Artur Rosa 

Homenagem a Josef Albers, Serigrafia de Artur Rosa

 

Título: Homenagem a Josef Albers

Técnica: Serigrafia

Dimensões: 56 x 56 cm

Ano: -

Edição: 400 exemplares assinados e numerados

Referência: AR0001

P.V.P.: 300 € (c/ Passepartout)

O que têm em comum Artur Rosa e Josef Albers?

 

A “Op Art” ou “Optical Art” (Arte Ótica), movimento artístico que atingiu seu auge na década de 60 nos Estados Unidos.

 

Baseado em recursos visuais, sobretudo na ilusão de ótica, esse movimento que expressa a mutabilidade do mundo e suas ilimitadas possibilidades, é fundamentado no mote “menos expressão e mais visualização”.

 

A teoria e a abordagem experimental perante a forma e a cor que definiram a obra de Josef Albers, distinguiram-no enquanto influente precursor da Op Art, justificando seguramente as homenagens dedicadas, em 1972, pelo arquiteto e escultor português, Artur Rosa. Dando sequência a uma pesquisa de tendência Op iniciada em 1961, é, pois, toda uma exploração em torno de valores cromáticos e formais que podemos distinguir nesta serigrafia de Artur Rosa, em que homenageia Josef Albers.

 

Os processos de progressão e repetição das conhecidas séries Homage to the Square desenvolvidas por Albers, servem aqui de modelo operativo a Artur Rosa, que submete um dos seus estudos geométricos a um desdobramento em três partes. Numa gradual alteração de escala, e de forma repetitiva, essas partes sobrepõem-se, funcionando como uma sucessão que assume como referente a presença de uma composição de Josef Albers.

 

Investigando as propriedades da cor e recorrendo ao vermelho – uma cor que aqui nos é apresentada nas três variações cromáticas determinadas pela composição de Albers –, neste trabalho são ilusoriamente definidas diferentes profundidades.

 

Num caleidoscópico jogo de articulação entre peso e leveza, entre cheio e vazio, ou entre configuração e reconfiguração, é desenvolvida uma abstração dinâmica que estabelece uma tensão entre o bidimensional e o tridimensional, e que recria “a evolução de um quadrado numa malha logarítmica” – assinalando assim uma continuidade com os diversos estudos que ao longo da década de 1960 Artur Rosa desenvolveu em pintura, mas que também testou em escultura.  

 

Submetidas a uma rigorosa progressão, as figuras geométricas assumem deste modo diferentes dimensões, enunciando um fluído processo de transmutação formal que, enquanto introduz uma estrutura rítmica, provoca uma sugestão de movimento.

 

Com efeito, de acordo com os códigos Op, e tendo por base um forte contraste figura/fundo, é no olhar do espectador que esse movimento se realiza, sendo assim convocada uma relação direta com o público.

Sobre Artur Rosa 

Nascido em 1926, Artur Rosa foi um arquiteto e escultor português. Além da arquitetura e da escultura (atividade que exerceu a partir de 1951), também realizou trabalhos de cenografia e figurinos para o Ballet Gulbenkian e para o TEC. Expôs em inúmeras mostras coletivas e individuais.
 

"Na obra inteligente de Artur Rosa, muito cedo abandonada mas muito rica na sua promessa de investigação formal, encontramos ecos de uma investigação «op» que, continuada, poderia ter-se saldado num contributo marcante para a nova arte portuguesa, como bem o testemunha a obra pública que figura ainda hoje nas instalações da Fundação Calouste Gulbenkian". Dentro de uma opção formal semelhante, em 1971 concebeu uma outra escultura formada por um conjunto de cubos metálicos, de um vermelho vivo, que foi implantada na Av. Conde de Valbom, Lisboa, em 1999 
 

Na sua obra arquitetónica assinala-se a Estação de Metropolitano do Terreiro do Paço, Lisboa, galardoada com o prestigiado Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura 2007. 
 

Durante mais de 50 anos, Artur Rosa retratou o trabalho da mulher, Helena Almeida, uma das mais destacadas artistas portuguesas do século XX.

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